D. Álvaro Gonçalves Pereira

N: c. 1314; F: 1380
Prior da Ordem do Hospital entre 1337 e 1380.

Entre 1341 e c.1356 promoveu a construção da Igreja-fortaleza de Santa Maria da Flor da Rosa, não para servir como mosteiro ou como sede da Ordem, mas como casa-forte com função eminentemente residencial e simbólica de afirmação do seu poder e prestígio. As torres serviram como zona habitacional e a igreja serviu como panteão familiar.

Pouco depois de 1356, fez transitar a sede da Ordem do Hospital de Leça do Balio para o Crato. Entre 1357 e 1362 construiu o Castelo de Amieira do Tejo, com barbacã e fosso, tornando-o na mais importante fortaleza da Ordem do Hospital em território português. Ao mesmo tempo (1358-1362) desenvolveu melhorias no Castelo do Crato, dotando-o de barbacã e fosso.

Foi pai de 32 filhos e filhas, todos nascidos com o estigma de bastardos. Entre eles o futuro Condestável do Reino D. Nuno Álvares Pereira, que nasceria no Paço de Cernache do Bonjardim, em 1360. Morreu no Castelo de Amieira do Tejo. Foi sepultado na Igreja do Castelo de Flor da Rosa, em túmulo de mármore que mandara lavrar onde figura o brasão dos Pereira e o símbolo da Ordem do Hospital.

Estátua de D. Nuno Álvares Pereira em Flor da Rosa, uma das localidades apontada como sua provável terra natal.