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Rede Natura 2000
Rede Natura 2000 (Diretiva Habitats) Sítios de Importância Comunitária (SIC)
SIC Cabeção (Alter do Chão, Avis, Ponte de Sor e Mora)
Com 48.607ha, este SIC caracteriza-se por ser uma área de relevo suave cujo habitat principal é o montado de sobro com um sub-coberto pratense aproveitado por uma pecuária extensiva. Assume um papel preponderante na conservação de (Halimium umbellatum var. verticillatum), uma planta endémica, que neste Sítio tem mais de 60% da sua área de distribuição.
SIC Caia (Arronches, Campo Maior e Elvas)
A grande diversidade de situações geomorfológicas e de utilizações do solo que existem nos seus 31.115ha, criam grande diversidade paisagística e de ocorrência de habitats. A presença do rio Caia, as zonas onduladas de fracos declives ou mesmo planas que o envolvem, algumas delas sazonalmente alagadas, criam condições quer para o desenvolvimento de práticas agrícolas intensivas (através do Aproveitamento Hidroagrícola do Caia), quer para a ocorrência de montados de azinho e olivais tradicionais com sub-coberto de pastagens espontâneas, nomeadamente com a presença de Poetalia bulbosae que se caracteriza como um habitat prioritário. As linhas de água são dominadas por salgueiros, destacando-se a Salix salvifolia subspaustralis, e ainda com a presença do loendro (Nerium oleander). Lontra, rato de cabrera e boga-de-boca-arqueada, são outras espécies relevantes que ocorrem neste SIC.
SIC Guadiana – Juromenha (Elvas)
Os 2.501ha deste SIC encostam-se a um troço de 50km de margem do troço transfronteiriço do Guadiana. Predomina o azinhal, que alberga importantes valores florísticos. É o único local em Portugal de ocorrência do Narcissus humilis e o local de maior densidade da sua ocorrência no mundo. Nos leitos dos cursos de água torrenciais ocorre o tamujo (Securinega tinctoria), o loendro (Nerium oleander), a Marsilea batardae nos charcos temporários e nas margens, a Festuca duriotagana e a Salix salvifolia subsp australis. A boga-de-boca-arqueada (Rutilus lemmingii), a cumba (Barbus comiza) e a lontra, são também ocorrências a realçar.
SIC Nisa - Lage de Prata (Crato e Nisa)
Este SIC estende-se por uma área de 12.658ha de peneplanície onde apenas contrastam os cabeços povoados por enormes blocos graníticos e os vales que encaixam os principais cursos de água. O carvalho-negral (Quercus pyrenaica) distribui-se por todo este meio físico,quer em povoamentos estremes, quer associado com o sobreiro (Quercus suber) ou com a azinheira (Quercus rotundifolia). Uma das mais importantes especificidades deste SIC relaciona-se precisamente com o carvalho negral, nomeadamente quando ocorre sob a forma de montado, o que constitui uma raridade a nível nacional.
SIC São Mamede (Arronches, Castelo de Vide, Marvão, Portalegre, Elvas, Nisa, e Campo Maior)
São 116.114ha de grande diversidade de habitats, alguns prioritários. A geomorfologia e microclima propiciam o limite sul de distribuição para muitas espécies e comunidades vegetais de preferências mais atlânticas, como acontece nas vertentes norte e oeste, onde se destaca a presença do carvalho-negral (Quercus pyrenaica). As regiões mais a sul e viradas a este têm influência mais mediterrânica e, consequentemente, são o domínio dos montados de sobro e azinho. Este SIC possui cursos de água importantes para a conservação do saramugo (Anaecypris hispanica) e do raro e ameaçado mexilhão-de-rio (Unio crassus). Possui também a gruta mais importante do país e uma das mais importantes da Europa, como abrigo de colónias de criação e hibernação de várias espécies de morcegos.
Rede Natura 2000 (Diretiva Aves Selvagens) Zonas de Protecção Especial (ZPE)
ZPE Campo Maior (Campo Maior)
São quase 9.600ha de montado aberto e disperso, zonas agrícolas, principalmente para o cultivo de cereais e onde correm a ribeira de Abrilongo e o rio Xévora. Área importante para a conservação e observação de aves estepárias - abetarda (Otis tarda) e sisão (Tetrax tetrax), também aqui ocorrem outras espécies de aves que merecem referência: abutre-preto (Aegypius monachus), milhafre-real (Milvus milvus) e peneireiro-cinzento (Elanus caeruleus). É uma importante áreade invernada de grou (Grus grus).
ZPE Monforte (Monforte e Fronteira)
Esta ZPE abrange os concelhos de Monforte e Fronteira, ocupando uma área de 1.887,25ha. Predominam as pastagens em regime extensivo e as zonas cerealíferas extensivas e semi-intensivas. Também ocorrem alguns olivais tradicionais de pequena dimensão e montados de azinho disperso, com pastagens e cereal no sub-coberto. Esta área foi estabelecida com o objetivo de favorecer a conservação das aves estepárias, principalmente a abetarda (Otis tarda) e o sisão (Tetrax tetrax),
que ocorrem como nidificantes. Destaca-se ainda a presença de outras espécies de aves de interesse para a conservação como o milhafre-real (Milvus milvus), o tartaranhão-caçador (Circus pygargus), o peneireiro-cinzento (Elanus caeruleus), a calhandra-real (Melanocorypha calandra), a calhandrinha (Calandrella brachydactyla) e o rolieiro (Coracias garrulus).
ZPE São Vicente (Elvas)
Área de pastagens extensivas e de cerealicultura, percorrida por bovinos e ovinos, povoada por montado de azinho muito disperso e pequenos olivais tradicionais. Zona importante para as aves estepárias, abetarda (Otis tarda) e sisão (Tetrax tetrax), a primeira nidificando e a segunda ocorrendo com densidade significativa. Regista-se, também, uma importante ocorrência de francelho (Falco naumanni).
ZPE Torre da Bolsa (Elvas)
Com 869ha, esta ZPE abrange uma área agrícola, principalmente orientada para a cultura cerealífera e pastagens, com alguns olivais tradicionais de pequena dimensão e olivais novos de regime intensivo. Foi estabelecida com o objetivo de favorecer a conservação das aves estepárias e algumas aves de rapina. O nome deriva da existência de uma torre de características medievais que está junto ao limite norte desta ZPE.
ZPE Veiros (Monforte e Estremoz- Alentejo Central)
Com cerca de 2.000ha, é uma área de pastagens extensivas e de cerealicultura, aproveitadas por bovinos e ovinos, e com um montado de azinho muito disperso. Corresponde assim a uma zona importante para as aves estepárias - abetarda (Otis tarda) e sisão (Tetrax tetrax) -, nomeadamente para a sua reprodução.
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