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Campo de Batalha de Atoleiros
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Campo de Batalha de Atoleiros | ![]() |
- Fronteira

Nas proximidades da EM que liga Fronteira a Santo Amaro.
O campo da batalha localiza-se a c. 2,5km a Sudeste de Fronteira, integrado numa propriedade particular, com acesso condicionado.
Anualmente, no dia da batalha (6 de Abril, Feriado Municipal) é usual decorrer sessão comemorativa, possibilitando uma visita ao local.
Batalha de Atoleiros
Atoleiros, 6 de Abril de 1384
Falecido D. Fernando sem deixar filho para assumir o trono, viu o Reino o fim da dinastia afonsina iniciada por D. Afonso Henriques e, mais tragicamente, viu-se confrontado com a fatalidade de ser integrado no reino castelhano, como resultado do casamento de D. Beatriz (filha de D. Fernando) com o rei D. Juan I. Esta primeira ameaça à independência do reino nascido na tarde de 24 de Junho de 1128 no campo da Batalha de São Mamede, teve reação imediata comandada pelo Mestre de Avis D. João. Com a montagem do cerco a Lisboa pelo monarca castelhano, o Mestre procurou evitar a entrada de mais tropas invasoras pela habitual “porta” do Alto Alentejo. Nomeou para o efeito, como fronteiro da Comarca de Entre Tejo e Guadiana, um jovem desconhecido, de nome Nuno.
D. Juan I ordenara ao seu Almirante-mor, ao Mestre de Alcântara, ao Conde Niebla e ao Prior do Hospital, para juntarem forças e arrasarem a comarca do actual Alto Alentejo e juntarem-se ao cerco de Lisboa. Assim, Portalegre foi a primeira a sofrer uma ofensiva que durou 5 dias. Nuno saiu de Lisboa com 200 homens montados, alguns deles bons conhecedores da região.
Setúbal recusou-lhe a entrada na cidade: o reino estava dividido. Em Montemor-o-Novo foi bem acolhido. Em Évora ape- lou por carta a todas as praças que se mantinham fiéis: compareceram mais 30 cavaleiros e 1000 peões e besteiros. Em Estremoz foi informado que o invasor já tinha atacado o Crato e ia a caminho de Fronteira.
Com os últimos reforços, Nuno contava com 300 homens a cavalo, 100 besteiros e pouco mais de 1000 peões mal equipados. Um contingente carregado de receios e assustado com a desproporção de forças.
A 5 de Abril, Nuno dirige-se aos seus homens. O discurso assentou na justeza da causa e nas preocupações com as famílias de cada um e seu futuro.
De madrugada a hoste partiu de Estremoz para Fronteira. Seriam 20km. Mas foram apenas 15 ...
... Um escudeiro castelhano trouxe mensagem dos seus senhores: que os portugueses desistissem de combater em condições de tão grande desigualdade.
Nuno declinou a proposta e pediu ao escudeiro para prevenir os seus senhores para se prepararem para a luta.
Nuno escolheu o lugar que melhor servia a sua táctica para a batalha.
Depois, mandou desmontar todos os cavalei- ros: toda a hoste combateria apeada. Seriam todos iguais na luta pela vida ou na morte. Estabeleceu dois corpos: uma rectaguarda, como reserva e a vanguarda, que ele próprio comandaria, tal como prometera no discurso em Estremoz.
Nas alas colocou os besteiros e os peões ar- mados com dardos e pedras de arremesso. Com o invasor à vista, veio o apelo à esperança e à coragem. Uma oração colectiva invocou a fé e encomendou as almas.
Finalmente, Nuno envergou o equipamento protector, pegou na sua lança e tomou a sua posição.
Mais tarde, os castelhanos justificaram-se com a sua imprudência, com a deficiente avaliação da topografia local e das condições do terreno.
Porém, a História veio a demonstrar que Nuno seria consagrado como um génio militar da Idade Média.
O que se passou em Atoleiros foi o triunfo de um modelo táctico que ele concebera e que pôs em prática com sabedoria e de forma brilhante.
Nuno, ainda não tinha 24 anos. Era filho de D. Álvaro Gonçalves Pereira, Mestre da Ordem do Hospital e de uma criada da corte. As Histórias portuguesa e castelhana não mais o iriam esquecer.
O Condestável do Reino D. Nuno Álvares Pereira iria ver um ano depois Gonçalo Vasques Coutinho - outro notável capitão português - a utilizar no campo da Batalha de São Marcos (Trancoso), em condições de desvantagem semelhantes, o mesmo táctico e também a sair vitorioso.
À escala de uma grande batalha europeia, Nuno aplicou a mesma táctica, 16 meses depois, em Aljubarrota. O resultado militar é de todos conhecido.
A D. Nuno Álvares Pereira, mais do que a Outros como ele permitiram que Portugal vitória numa guerra, devemos-lhe o facto esteja à beira de comemorar nove séculos de esta pequena nação não ter perecido de história.
quando só tinha pouco mais de 250 anos.

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